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beijo estalado de três
ossos que se encaixam
ao som daquela vinheta
antiga, soprada do rádio
anunciando um ménage
perfeito, coberto por veias
e nervos em \m/
dobradiça que me faz
existir nas noites de
coqueluche, quando
as bochechas abraçam
os olhos e fazem a vida
brilhar em braille
outro estalo, sapateado
sobre a máquina de escrever
a cada batida, eletrochoque
imprimindo mais uma
ranhura à pele espessa
como se fosse um novelo
de elefante.
domingo, 3 de janeiro de 2010
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4 comentários:
Ah! Que bonito! Tava esperando mais uma publicação há algum tempo... E não podia ter vindo em melhor hora!
criptico, hein? me amarrei.
belo escrito, pat. nossa, há tempos não venho aqui... que bom que vim. :)
a última estrofe é invejável!! ela fecha bem todas as imagens anteriores.
beijo grande pat!
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