sábado, 22 de novembro de 2008

odisseu

.
te espero em botões
tecendo casas sob
dobras de pele gasta
o retalho incansável
descama a teu retorno
sóis circenses afundam
meus olhos em manchas
cinzas de ressaca nova
mais um capítulo bordado
ao corpo, descanso
a pálpebra na lapela
e te espero
.

19 comentários:

Cosmunicando disse...

mais um capítulo bordado
ao corpo


pra que todos os nós se desfaçam na chegada.

isso tá lindo.

Adrianna Coelho disse...


de horizontes salgados
à acidez da espera
nenhum decoro em meus panos

adorei esse, pat!
beijos

p.s. esse findi tava um marasmo na rede... rs

Anônimo disse...

Bacana ouvir Penélope e a costura da espera.

E quanto ao seu comentário no meu blog:
poesia é superfície! música é corpo.

Luisa Coser disse...

eu quero sóis circenses...
sempre.

Átila Siqueira. disse...

Adorei o poema, muito sensível, e com um nome que já diz muito de seu intuito. Me lembrou uma aula de literátura que meu professor de faculdade disse que o título de um poema muitas vezes é o que faz ele ter sentido, e que sem ele tudo pode parecer apenas palavras soltas.

Adorei.

Um grande abraço,
Átila Siqueira.

Carleto Gaspar 1797 disse...

eh noix Penélope

mas sem a odisséia de 20 anos pra chegar em Ítaca

(Afinal de contas, hj os navios tem motor a diesel)

Clara Cavour disse...

vontade acelerada
ressaca renovada
olhos de lápis
pé no balde
mas mais.


quando?

pat werner disse...

agora, claire!

pat werner disse...

Carleto,

estamos juntos:

ao destrabalho!

pat werner disse...

obrigada Pavitra e Padmaya!

Amanda Santana disse...

Tão linda a modernidade, que deu motor aos navios e a espera é o tempo de chgar ali no Leme.

mx disse...

no colarinho, te espero em broches, alfinetes e botões.

ainda vamos costurar uma odisséia!

pat werner disse...

Átila,

obrigada, concordo com seu professor!

pat werner disse...

Luiz,

música é corpo, os átomos dançam.

bordada ao corpo, poesia é superfície.

omnia in uno disse...

e a lua, aperfeiçoando o disco,
esboça o farol para tua vinda.

bom dimai !

Anônimo disse...

Pati,

Pois é, o blog tá deixando bambo! Dinamite!

Abço!

ACÍBEL - Blog oficial disse...

Capitulo bordado ao corpo, uma mistura de sensações tocando a pele , um êxtase infindável!!!Partabéns!!!
Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.
Sócrates

Tânia de Matos Santos disse...

belo, de sutil beleza. belo!

bem bacana por aqui, :)

beso.

Antônio disse...

são 4:34 da madrugada e estou feliz por ter conhecido seus poemas que adiaram o meu sono. Vou dormir melhor. Querendo retribuir a visita vai lá: panaceunovo.blogspot.com

a casa tá arrumada te esperando.

e parabéns, seus poemas me surpreenderam mesmo.