eis que não é mais
senhora deste corpo
estende a estadia
e destrói
assombra.
massa que gruda
nos dentes, crava
fuligem escrota
no bronze da carne,
cárie crônica.
erva daninha
enverga teu
diminutivo inflável
vela tua úlcera
no avesso da bolha
e leva teu visco
daqui!
mergulha no pus
que te entope
entende que
agora é amorfa
se afoga no mofo
e aspira teus
ácaros de nós.
golfa e engasga
no sofisma
dos efes
não és elfa,
flagelo fútil
teu cinismo
enfada-me,
és nada.
tire teus átomos
mortos do trilho
não há mais
cartas para ti.
domingo, 12 de outubro de 2008
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9 comentários:
flagelo de sombra que quer ser luz. não há espaço aqui. não vês que te ignoro como vomito? asco e verso são palavras, só palavras.
dramático e aliterativo!
escrito com canivete... intenso, rascante e bom pacas!
beijos
...
... que tal uma bebedeira?!
beijos!
OXALÁ !!
Me lembrou a descrição de uma gripe, mas não sei se é um devaneio meu pensar assim. Mas sei que esse poema deixou um ar de mistério muito grande em mim.
Um grande abraço,
Átila Siqueira
Um ar de mistério. Tua poesia me intriga. Estou conhecendo agora teu blog, vou continuar lendo...
=)
adorei o "escrito com canivete"
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