domingo, 3 de janeiro de 2010

cotovelo

.
beijo estalado de três
ossos que se encaixam
ao som daquela vinheta
antiga, soprada do rádio
anunciando um ménage
perfeito, coberto por veias
e nervos em \m/

dobradiça que me faz
existir nas noites de
coqueluche, quando
as bochechas abraçam
os olhos e fazem a vida
brilhar em braille

outro estalo, sapateado
sobre a máquina de escrever
a cada batida, eletrochoque
imprimindo mais uma
ranhura à pele espessa
como se fosse um novelo
de elefante.